O ministro da Defesa, Nelson Jobim, ressaltou ontem, em Manaus, a importância militar do Brasil para as Américas.
Ao receber a visita do chefe do Estado-Maior de Defesa das Forças Armadas dos Estados Unidos, Mike Mullen, Jobim declarou que o estreitamento das relações militares entre Brasil e Estados Unidos representa a consolidação de um patamar de relações Norte-Sul.
Segundo o ministro, um dos maiores compromissos do Brasil com o mundo é cuidar da Amazônia.
“A visita de Mullen ao Brasil mostra a importância do nosso país e o nível de relacionamento que passamos a ter, ou seja, de relacionamento olho-no-olho, com posições claras e definidas. Temos exatamente a intenção de sermos uma potência, participando na América Latina e lembrando sempre que a Amazônia brasileira é cuidada pelos brasileiros em favor do Brasil e do mundo. Ou seja, não há tutela possível sobre a Amazônia que não seja a brasileira”, afirmou o ministro.
Mullen e Jobim se encontraram pela manhã no Comando Militar da Amazônia para avaliar a importância do trabalho desenvolvido pelos militares brasileiros na Região Amazônica. Depois de participarem de cerimônia militar com cerca de 800 homens da Marinha, Exército e Aeronáutica brasileiros, eles sobrevoaram o Centro de Instrução de Guerra na Selva (Cigs), na capital amazonense.
À tarde, visitaram o 8º Batalhão de Infantaria de Selva, em Tabatinga – fronteira com Peru e Colômbia – e o 2º Pelotão Especial de Fronteira na cidade de Ipiranga. Também participaram da cerimônia militar, em Manaus, o General-de-Exército Augusto Heleno Pereira e o governador do Amazonas, Eduardo Braga.
Mullen ressaltou a importância da sua primeira viagem ao Brasil e disse que, do ponto de vista militar, a parceria entre os dois países é extremamente importante para ambos e para o restante do mundo.
“É uma parceria muito significativa que as Forças Armadas Norte-Americanas tem o privilégio e a honra de ter. O Brasil está no coração de uma região que é vital não apenas para a América do Sul, mas para outros países do mundo. Nós dependemos muito da liderança do Brasil na América do Sul e também temos um grande respeito por esta liderança.
Do ponto de vista militar, esse relacionamento é absolutamente viável”, considerou Mullen, que é atualmente o mais graduado assessor militar do presidente norte-americano, Barack Obama.
Também participaram da cerimônia militar, em Manaus, o General-de-Exército Augusto Heleno Pereira e o governador do Amazonas, Eduardo Braga.
Para o governador amazonense, a visita de Mike Mullen aponta a importância do Brasil na política internacional. Na avaliação de Braga, o Brasil desempenha atualmente um papel estratégico na segurança do hemisfério Sul e na interlocução do eixo Norte-Sul na geopolítica mundial.
“A presença do maior assessor militar do presidente Barack Obama na Amazônia para discutir estratégias com nossas grandes autoridades é uma demonstração da maturidade e crescimento do Brasil enquanto nação e da sua soberania sobre a Floresta Amazônica”, afirmou Braga.
(Com informações da Agência Brasil)
Nosso Comentário:
Brasil Cada Dia Mais Próximo dos EUA
A grande mídia deixou passar desapercebida a visita ontem à Amazônia do chefe do Estado-Maior de Defesa das Forças Armadas dos EUA, Mike Mullen.
O ministro da Defesa, Nélson Jobim, acompanhou o senhor Mullen e enfatizou de um lado que:
1 - um dos maiores compromissos do Brasil com o mundo é cuidar da Amazônia; e
2 - a Amazônia brasileira é cuidada pelos brasileiros em favor do Brasil e do mundo, ou seja, não há tutela possível sobre a Amazônia que não seja a brasileira.
Por outro lado, Jobim declarou que:
1 - o estreitamento das relações militares entre o Brasil e os EUA representa a consolidação de um patamar de relações Norte-Sul; e
2 - os dois países passaram a ter um relacionamento tipo olho-no-olho, com posições claras e definidas.
Bom, vejamos quais serão os próximos capítulos desse “romance cigano” e ressaltemos que somente olho-no-olho não nos garantirá nada.
Será melhor o Brasil dispor de um exército de advogados especializados, para negociarem as implacáveis entrelinhas dos contratos que parecem estar por vir aí.
Não sejamos cegos e intolerantes a novos tempos, mas jamais confiemos novamente neles de graça.
Seremos aliados? Sim, mas que ocupemos logo a Amazônia. Afinal, tudo tem seu preço, inclusive a despreocupação e a traição.
quinta-feira, 5 de março de 2009
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