EUA e Seul deslocaram navios ao Japão, que também promete impor sanções a Pyongyang
Ignorando advertências internacionais e comprometendo a estabilidade regional, a Coreia do Norte avançou ontem em seus preparativos para lançar um satélite que, segundo Washington e Seul, pode ocultar o teste de um míssil de longo alcance.
Fontes sul-coreanas, americanas e japonesas confirmaram ontem que o foguete Taepodong-2 foi posto em sua plataforma de lançamento na base de Musudanri, no norte do país comunista, e que serão precisos quatro dias para abastecê-lo. O lançamento do satélite deve ocorrer entre 4 e 8 de abril.
Em medida de precaução aos planos de Pyongyang, a Marinha dos Estados Unidos deslocou dois navios de guerra ao Japão. Já a Coreia do Sul anunciou que enviará embarcações de guerra ao mar do Leste.
Ambos afirmam que o lançamento do satélite norte-coreano é apenas um disfarce para o teste de um míssil que poderia chegar, até mesmo, na costa do Alasca, nos EUA. A tecnologia utilizada para o teste anunciado é muito similar à necessária para disparar um míssil de longo alcance.
– Queria destacar que estamos preparados para qualquer eventualidade – afirmou o porta-voz da Marinha, Charles Howard.
O Japão também alertou que ajudará na imposição de mais sanções, além das que poderiam ser lançadas pelo Conselho de Segurança da ONU, e espera aprovar ainda hoje uma lei que lhe permitirá destruir os restos do foguete norte-coreano caso cheguem a cair em seu território.
Reação
Em resposta ao alvoroço internacional, Pyongyang alertou que entraria em guerra com quem tentasse interceptar o satélite e colocou seu Exército em estado de alerta. O regime comunista também ameaçou retomar seu programa nuclear caso a ONU puna o governo de Pyongyang pelo míssil.
A trajetória do foguete, segundo revelou a própria Coreia do Norte aos organismos internacionais encarregados da segurança marítima e aérea, cruzará o mar do Leste e parte do Pacífico, caso realmente seja bem-sucedida.
O Departamento de Estado americano informou que enviados do Japão, Coreia do Sul e EUA vão se reunir em Washington para consultas sobre a ameaça imposta.
Segundo especialistas americanos, em 2006 Pyongyang fez um teste fracassado com um Taepodong-2, que explodiu menos de um minuto antes de decolar, e em 1998 teria ocultado um teste de míssil alegando ser um lançamento de satélite de telecomunicações.
O porta-voz do Ministério da Defesa sul-coreano, Won Tae-jae, fez uma chamada ao regime comunista para que interrompa o plano de lançamento e avisou que isso violaria a resolução 1718 do Conselho de Segurança da ONU contra qualquer teste de mísseis balísticos feitos pela Coreia do Norte.
Japão, Coreia do Sul e EUA, junto à Rússia, China e Coreia do Norte, fazem parte do grupo de seis nações responsáveis pelas conversas de desnuclearização de Pyongyang.
Nosso Comentário:
Míssil Coreano Será Derrubado Pelo Japão?
O ministro da Defesa do Japão, Yasukazu Hamada, anunciou hoje que o Conselho de Segurança Nacional finalmente aprovou o uso do sistema de defesa antimísseis. Uma nova lei já autoriza agora o governo a destruir todo foguete norte-coreano ou destroços que ameaçarem seu território.
Segundo os norte-coreanos, alguns fragmentos do foguete podem cair no mar, perto de Akita e Iwate, no norte do Japão. Assim, os mísseis terra-ar japoneses já estão sendo posicionados na costa norte e destróieres com mísseis anti-aéreos serão enviados à região.
A preocupação dos EUA, Japão, Coreia do Sul é evidente, pois qualquer reação será tomada pela Coreia do Norte como ato de guerra.
A Coreia do Norte afirma que o projétil visa colocar um satélite de comunicação em órbita. Os EUA dizem tratar-se de míssil de longo alcance. Se o Conselho de Segurança da ONU aprovar qualquer medida punitiva ao lançamento do foguete também será recebida como ato hostil. Até a ONU é ameaçada por eles.
Mal comparando, o que o brasileiro sentiria se a Venezuela fizesse um lançamento desses sobre nosso território com a desculpa de testar sua trajetória até o Oceano Atlântico?
O que sentiria se Chávez dissesse que qualquer tentativa de abatê-lo seria entendida como ato de guerra nosso? Quem estaria cometendo um ato de guerra em primeiro lugar, lançando tal míssil em nossa direção, caindo aqui ou não? Quem garante não haver uma ogiva atômica a bordo?
O próximo Sábado, dia 4 de abril, promete ser quente para o mundo inteiro. Podendo o lançamento acontecer antes ou até o dia 8 de abril.
Ignorando advertências internacionais e comprometendo a estabilidade regional, a Coreia do Norte avançou ontem em seus preparativos para lançar um satélite que, segundo Washington e Seul, pode ocultar o teste de um míssil de longo alcance.
Fontes sul-coreanas, americanas e japonesas confirmaram ontem que o foguete Taepodong-2 foi posto em sua plataforma de lançamento na base de Musudanri, no norte do país comunista, e que serão precisos quatro dias para abastecê-lo. O lançamento do satélite deve ocorrer entre 4 e 8 de abril.
Em medida de precaução aos planos de Pyongyang, a Marinha dos Estados Unidos deslocou dois navios de guerra ao Japão. Já a Coreia do Sul anunciou que enviará embarcações de guerra ao mar do Leste.
Ambos afirmam que o lançamento do satélite norte-coreano é apenas um disfarce para o teste de um míssil que poderia chegar, até mesmo, na costa do Alasca, nos EUA. A tecnologia utilizada para o teste anunciado é muito similar à necessária para disparar um míssil de longo alcance.
– Queria destacar que estamos preparados para qualquer eventualidade – afirmou o porta-voz da Marinha, Charles Howard.
O Japão também alertou que ajudará na imposição de mais sanções, além das que poderiam ser lançadas pelo Conselho de Segurança da ONU, e espera aprovar ainda hoje uma lei que lhe permitirá destruir os restos do foguete norte-coreano caso cheguem a cair em seu território.
Reação
Em resposta ao alvoroço internacional, Pyongyang alertou que entraria em guerra com quem tentasse interceptar o satélite e colocou seu Exército em estado de alerta. O regime comunista também ameaçou retomar seu programa nuclear caso a ONU puna o governo de Pyongyang pelo míssil.
A trajetória do foguete, segundo revelou a própria Coreia do Norte aos organismos internacionais encarregados da segurança marítima e aérea, cruzará o mar do Leste e parte do Pacífico, caso realmente seja bem-sucedida.
O Departamento de Estado americano informou que enviados do Japão, Coreia do Sul e EUA vão se reunir em Washington para consultas sobre a ameaça imposta.
Segundo especialistas americanos, em 2006 Pyongyang fez um teste fracassado com um Taepodong-2, que explodiu menos de um minuto antes de decolar, e em 1998 teria ocultado um teste de míssil alegando ser um lançamento de satélite de telecomunicações.
O porta-voz do Ministério da Defesa sul-coreano, Won Tae-jae, fez uma chamada ao regime comunista para que interrompa o plano de lançamento e avisou que isso violaria a resolução 1718 do Conselho de Segurança da ONU contra qualquer teste de mísseis balísticos feitos pela Coreia do Norte.
Japão, Coreia do Sul e EUA, junto à Rússia, China e Coreia do Norte, fazem parte do grupo de seis nações responsáveis pelas conversas de desnuclearização de Pyongyang.
Nosso Comentário:
Míssil Coreano Será Derrubado Pelo Japão?
O ministro da Defesa do Japão, Yasukazu Hamada, anunciou hoje que o Conselho de Segurança Nacional finalmente aprovou o uso do sistema de defesa antimísseis. Uma nova lei já autoriza agora o governo a destruir todo foguete norte-coreano ou destroços que ameaçarem seu território.
Segundo os norte-coreanos, alguns fragmentos do foguete podem cair no mar, perto de Akita e Iwate, no norte do Japão. Assim, os mísseis terra-ar japoneses já estão sendo posicionados na costa norte e destróieres com mísseis anti-aéreos serão enviados à região.
A preocupação dos EUA, Japão, Coreia do Sul é evidente, pois qualquer reação será tomada pela Coreia do Norte como ato de guerra.
A Coreia do Norte afirma que o projétil visa colocar um satélite de comunicação em órbita. Os EUA dizem tratar-se de míssil de longo alcance. Se o Conselho de Segurança da ONU aprovar qualquer medida punitiva ao lançamento do foguete também será recebida como ato hostil. Até a ONU é ameaçada por eles.
Mal comparando, o que o brasileiro sentiria se a Venezuela fizesse um lançamento desses sobre nosso território com a desculpa de testar sua trajetória até o Oceano Atlântico?
O que sentiria se Chávez dissesse que qualquer tentativa de abatê-lo seria entendida como ato de guerra nosso? Quem estaria cometendo um ato de guerra em primeiro lugar, lançando tal míssil em nossa direção, caindo aqui ou não? Quem garante não haver uma ogiva atômica a bordo?
O próximo Sábado, dia 4 de abril, promete ser quente para o mundo inteiro. Podendo o lançamento acontecer antes ou até o dia 8 de abril.